Month: September 2015

Carta ao Sr. Juan Carlos Osorio!

Posted on Updated on

Sr. Juan Carlos Osorio,

Acho legítimo sua vontade de dirigir uma seleção em uma Copa do Mundo, antes dos 60 anos.

O México precisa de algo novo, para mudar seu status no Futebol Mundial.  E não tenho dúvidas que você é a pessoa certa.

Mas, nos brasileiros e não só os são-paulinos, também precisamos de você.

Lembro de sua entrevista após o jogo contra o Corinthians, em que disse: “Eu acho que o futebol brasileiro é admirado em todo o mundo, mas vocês pensam que deve mudar. Acho que uma coisa que pode e deve mudar é dar melhor espetáculo, atacar mais, ir pra frente”’

Infelizmente no futebol brasileiro, não temos mais técnicos que pensam como você, e não temos no jornalismo esportivo, pessoas como o Sr. Armando Nogueira.

Esse jornalista, era um estudioso como o senhor e pregava o Futebol-Arte, e defendia que o Futebol era espetáculo! Para ele o gol não era um detalhe! Era o objetivo principal!

O Futebol é cíclico, só que para que ocorram os ciclos, é necessário um agente de mudança.

Confesso que até sua chegada, eu estava conformado que o futebol de resultado, de técnicos como Muricy, Tite, Autuori e Felipão, era a única forma de conquistarmos o mundo novamente.

Mas, vou usar uma brilhante dissertação de 1998, feita por LUCIANO VICTOR BARROS MALULY (FIAM/SP), intitulada de “O futebol-arte de Telê Santana no jornalismo esportivo de Armando Nogueira” para que você entenda sua importância como agente de mudança (ou resgate de nossa cultura) nesse momento. Perceba as semelhanças de hoje no Brasil, com o que nos deparávamos há 20 anos atrás:

“Durante o ano de 1993, Armando Nogueira deparou-se com dois acontecimentos que iriam marcar o cenário esportivo no Brasil – a participação do selecionado nacional na disputa das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos da América, e a conquista do Bicampeonato Mundial Interclubes pela equipe do São Paulo Futebol Clube, em Tóquio.

A Seleção brasileira de futebol mostrava um estilo de jogo voltado ao Futebol-força, em que se privilegiava a marcação e o vigor físico dos atletas, sem que a criatividade do jogador fosse observada.

O time nacional procurava manter o resultado a qualquer custo, com faltas e pouca ofensividade, negando ao público a condição de assistir um espetáculo de futebol, representado principalmente por gols e jogadas individuais e coletivas.

O São Paulo Futebol Clube apresentava um estilo relacionado ao Futebol-arte, em que o time buscava realçar o espetáculo a todo instante, explorando a técnica do jogador e do conjunto, mostrando um jogo cheio de gols e com poucas faltas.

Armando Nogueira analisou os fatos realçando um tema eixo baseado na relação entre o Futebol-arte e o Futebol-força no Brasil, ou seja, através da exaltação do jogo como espetáculo, pois se a equipe do São Paulo praticava o Futebol-arte (espetáculo) por que a seleção brasileira praticava o Futebol-força (resultado)?:

1º) O time do São Paulo respeitava a tradição brasileira do Futebol-arte, ao contrário da seleção brasileira;

2º) A estrutura do São Paulo Futebol Clube permitiu implantar junto à equipe um estilo voltado ao Futebol-arte, valorizando assim o espetáculo. Já a falta de planejamento dos dirigentes e da comissão técnica proporcionou um desequilíbrio na seleção nacional. A pressão para a obtenção do resultado ocasionou a implantação do Futebol-força;

3º) A equipe do São Paulo explorava a técnica do jogador e combatia o jogo violento, ao passoque a seleção brasileira praticava o antijogo pela necessidade do resultado.

Neste contexto, o trabalho de Armando Nogueira se formulou através de algumas premissas básicas que auxiliam na compreensão do tema eixo Futebol-arte/Futebol-força (Ver Ronaldo Helal. Passes e Impasses: Futebol e Cultura de Massa no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1997.):

  1. a) O futebol brasileiro é fundamentado pela doutrina do Futebol-arte, tendo o jogo como espetáculo, conduzido pela individualidade e habilidade de seus jogadores, e não pelo Futebol-força, jogo baseado apenas no resultado final da partida, sendo que o atleta talentoso cede lugar ao outro que dispõe somente de vigor físico e tem maior potencial para segurar o placar. No Brasil, o Futebol-força tem sido confundido com um futebol que prima pela violência, por causa da crescente tendência pela busca de resultados.
  2. b) A cobrança pelo resultado auxilia o Futebol-força e descaracteriza o Futebol-arte. O Futebol-força adquiriu espaço no país pela crescente valorização da busca de resultados, influenciada pelos altos investimentos de empresas patrocinadoras e mesmo de empresários, além de dirigentes interessados muito mais no mercado de jogadores que na valorização do futebol como espetáculo popular e de massa. Numa seleção ou clube, o resultado é conseqüência de um trabalho planejado e profissional. A organização do jogo como espetáculo permite aos jogadores e comissão técnica a plena liberdade para exercerem suas profissões.”

 

Em um momento em que vemos técnicos gaúchos dando sequencia ao trabalho de Parreira e seu futebol-força e de resultado, precisamos de alguém que resgate o futebol-arte de Tele Santana.

Alguém que não ensine jogadores como Ganso e Pato, assim como Tele fez com Raí e Palhinha, a marcarem laterais e volantes. Mas, que ensine a eles a usarem sua técnica para ganharmos jogos.

Não tenho dúvidas nenhuma, que os mesmos que o criticam, irão o idolatrar quando conquistar títulos no São Paulo, dando espetáculo.

Quem sabe, PVC, Caio Ribeiro, Paulo Cesar Vasconcellos, não possa ser seu aliado para defender o Futebol-Arte como Espetáculo vs Futebol-Força de Resultado!

O povo brasileiro, que já pediu Guardiola em 2014, vai pedir o senhor em 2018, talvez 2022.

Talvez, você vá para uma Copa do Mundo com 61 anos, mas, irá para encantar o mundo!

Por isso, te faço um apelo: Fiquei Osorio! Nós são-paulinos, o ajudaremos a você chegar em uma Copa do Mundo, com uma seleção com vocação ofensiva. Se não for aqui, certamente será na Colombia, que todos sabemos adoram o futebol arte dos brasileiros!

O São Paulo foi taticamente perfeito! E mais uma vez, um erro individual comprometeu!

Posted on Updated on

Vou começar aqui, lembrando a entrevista de Juan Carlos Osorio para o Esporte Espetacular, com Cleber Machado.

Caneta vermelha não é o que esta errado.  É o mais importante.

Então usando as cores vermelha e azul de sua caneta, vamos analisar como o São Paulo se preparou para o jogo de ontem.

O Palmeiras joga em um 4-2-3-1, e como todo time que joga assim, quer posse de bola no meio campo, com troca de passs curtos (assim como era o São Paulo de Muricy).

O Palmeiras tem o melhor ataque do Brasileiro, 49 gols.  

85% desses gols (42) foram marcados de dentro da área

40% dos gols (19), foram de cabeça

A média de cruzamentos certos no campeonato é de 3,3.  O Palmeiras tem 4,8.

Egídio, Robinho e Lucas, são os jogadores que mais acertam passes do Palmeiras, e também são os jogadores que mais fazem cruzamentos certos.

Rafael Marques, Egidio, Lucas, Dudu e Robinho os que mais erram passes.

Robinho, Dudu, Egídio, Rafael Marques e Lucas, são os que mais dão assistências a gol

Rafael Marques, Dudu, Robinho, Cristaldo, Alecsandro, Lucas Barrios e Gabriel Jesus, os que mais finalizam certo

Fernando Prass, Victor Ramos, Robinho (bom em passes curtos), Egidio, Victor Hugo e Jackson são os que mais erram lançamentos.

TRADUÇÃO DOS NÚMEROS DO PALMEIRAS

Se Lucas, Egídio e Robinho são os jogadores que mais acertam e os que mais erram passes, que mais acertam cruzamentos e mais dão assistências a gol, é sinal que são os jogadores mais acionados.  Então eles tem que ser bem marcados.

Pois marcando esses 3 jogadores, dificilmente eles vão conseguir fazer a bola chegar dentro da área (85% dos gols) para Rafael Marques, Lucas Barrios e Gabriel Jesus finalizarem.

Se Fernando Prass, Jackson, Victor Hugo e Egídio são os jogadores que mais erram lançamentos, tinhamos que pressioná-los a “estourar” a bola.

#ArgelFicaDica

O SÃO PAULO PERFEITO TATICAMENTE NO JOGO DE ONTEM

O São Paulo veio no mesmo 4-3-3 de sempre.  Mas, o que mudou, foi o posicionamento e a forma de jogar.

Pressionamos a saída de bola do Palmeiras, sempre marcando a saída de bola pelas laterais como Lucas e Egídio.

Thiago Mendes, não deixava Robinho receber a bola ou virar de frente para o nosso gol.  Bruno fazia o mesmo com Gabriel Jesus, assim como Matheus Reis em Rafael Marques.

Carlinhos bloqueava o avançado de Lucas, e Michel Bastos a subida de Egídio.

Assim as jogadas começavam com Jackson, Victor Hugo, Thiago e Andrei.  Que quando eram pressionados por Ganso, Pato e Rogerio, “estouravam” a bola, ou recuavam a bola para Fernando Prass “estourar”.

BINGO!  Os jogadores que mais acertam passes, cruzamentos e assistências não jogavam, e a bola sobrava para os que mais erram lançamentos.

Assim de um lançamento errado de Prass, Matheus Reis de primeira, colocou Rogerio em boas condições.  Se Prass, pegou ou não a bola fora da área, não importa.  Faltou sorte para que Rogerio abrisse o placar.

Depois Robinho tentou sair jogando pelo meio, e a bola sobrou para Thiago Mendes arriscar de fora da área.

Além disso, Michel Bastos, vinha levando a melhor sobre Egídio, sempre cortando pelo meio.

A única jogada de perigo do Palmeiras, foi um cruzamento do volante Andrei, e cabeçada de Robinho.

Então, Marcelo Oliveira pensou o seguinte:  Será que com Lucas no lugar de Andrei, não podemos fazer mais jogadas assim? E colocou um lateral mais rápido, para “arrastar” a marcação, e talvez Lucas poder achar espaço para cruzar.

Só que com Lucas pelo meio, o São Paulo criou boas jogadas da entrada da área com Rogerio (gritei gol em seu chute), e depois o corte de Carlinhos, para o meio (onde um volante tinha que o bloquear) e gol do São Paulo.

Depois do gol, Marcelo Oliveira trouxe Robinho para jogar de segundo volante, colocou o habilidoso e driblador Kelvin (no lugar de Lucas), para jogar em cima de Matheus Reis que já tinha cartão.

Rafael Marques, foi jogar no meio, para tivessem mais jogadas pelo meio, e alguém para ajudar Lucas Barrios nas bolas “estouradas”.

E foi o Palmeiras que começou a pressionar a saída de bola do São Paulo.

O São Paulo passou a ter dificuldade de prender a bola lá na frente, com jogadores leves (faltou um Luis Fabiano ou Kardec para fazer Pivo).

Com a preocupação de bolas paradas pelo alto, uma vez que os dois zagueiros do Palmeiras são altos, e ainda tinha Rafael Marques e Alecsandro no final, sem contar com Kelvin e Gabriel Jesus que são centroavantes de origem, Osorio colocou Lyanco no lugar de Pato.

Com medo do cartão de Matheus Reis, ele colocou Wesley, passando Carlinhos para lateral.

E não tomamos susto nenhum.  Não permitimos jogadas aéreas.

Mas, no final, um erro nos custou o empate.

Assim como um erro de Vuaden no clássico contra o Corinthians, o erro de Rogerio, não permitiu que fizéssemos 9 pts nos 3 clássicos disputados no Morumbi!  E com esses resultados, tudo mudaria!  Osorio seria menos contestado, os jogadores não seriam cobrados de falta de comprometimento e o São Paulo estaria no G-4, com 47 pontos, a 4 do Gremio e a 3 do Palmeiras na quinta colocação.

“El Profe” esta ensinando aos brasileiros a terem coragem de assumir responsabilidade!

Posted on

@saopaulo.blog

Juan Carlos Osorio fez algo que há muito tempo não via no Brasil:  Afirmou claramente diante das cameras que ele iria priorizar a Copa do Brasil.

A imprensa brasileira adora questionar técnicos sobre isso, mas parece que se acostumou a ouvir sempre a mesma resposta.  E acha que talvez esconder isso, seja um mérito, para quem não quer se expor.  E assim não corre o risco de ser cobrado, e ser pressionado.

A verdade é que falta convicção, auto-confiança e coragem para todos os envolvidos no futebol brasileiro para assumir responsabilidade por escolhas e declarações.

Mas, o futebol brasileiro em todos os setores vive do medo!

Medo de arriscar, medo de atacar e se expor, medo de fazer escolhas, medo de ser criticado, medo de dar declarações sinceras, medo de falar o que pensa e principalmente medo de assumir responsabilidade.

Os mesmos que criticam árbitros, dirigentes e técnicos de coerência…

View original post 602 more words

São Paulo sobrou fisicamente no segundo tempo!

Posted on

A decisão de poupar jogadores contra o Avaí se mostrou acertada.  Não só por ganhar um dia a mais de treino pensando no confronto contra o Vasco, mas também, por ter mostrado superioridade física no segundo tempo.

Não fosse a contusão de Luis Fabiano, fatalmente teriamos feito o quarto.

O time foi inteligente!  Soube cadenciar o jogo desde o começo, cansando o adversário.

Gostei muito da atuação de Breno, Thiago Mendes, Ganso e Pato.

Breno ganha todas as bolas altas no meio, desarma sem fazer faltas, e não erra passes.

Thiago Mendes é um jogador muito forte e veloz.  Conduz ao mesmo tempo que protege a bola em velocidade.

Ganso, cresce demais quando joga mais perto dos atacantes.

E Pato foi fantástico.  Tem sido o jogador mais marcado do time, e hoje mostrou inteligencia ao sair de seu lado, para buscar bola e fazer um gol decisivo!  O primeiro gol, abriu o time do Vasco, e trouxe mais tranquilidade para o time e para torcida, que demonstrado muita ansiedade.

Acho que taticamente não teve muita mudança.  Até porque o Vasco era um time que se defendia, e não tinha nenhuma jogada que pudesse incomodar.  Congestionou a entrada da área com 3 volantes.  E não tinha velocidade nenhum para surpreender no contra-ataque.

É preciso coragem e inteligencia para priorizar uma competição. Hoje é dia de Copa do Brasil!

Posted on

Se depois da eliminação da Copa Libertadores e no início do Brasileiro, dissemos que priorizariamos a Copa do Brasil, acho que seria errado.

Se mantivessemos o elenco todo do início do Brasileiro, contra o Avaí, poderiamos jogar com:  Renan, Paulo MIranda, Toloi, Doria e Matheus Reis; Denilson, Souza e Boschilla; Cafú, João Paulo e Rogerio.

Mas, com o elenco atual, é importante ter coragem, para aguentar críticas e pressões para fazer uma escolha no momento atual:  Brigar pelo G-3 contra Corinthians, Atlético-MG e Flamengo, times que não disputam mais a Copa do Brasil, ou brigar por um título inédito que traz mais receitas, traz exposição e ainda tem o bonus da vaga da Libertadores.

Falo de G-3, pois o principal candidato ao título da Sulamericana, é o River.  Eles são os únicos que já estão classificados para Libertadores do ano que vem.  Se ganharem o bi-campeonato da Sulamericana, não sei quem fica com a vaga.

Se vai para um argentino, ou se é para vice da Sulamericana.  E acho que Sport, Atletico-PR tenham chances.

Enfim, na sexta-feira eu defendi que era hora de apostarmos tudo na Copa do Brasil.

Esse é um título inédito.  Talvez nunca ganhamos, pois nunca demos importância e nunca priorizamos.

O Atlético-MG no ano passado, terminou em quinto, o Flamengo em 2013 foi 16o, e o Palmeiras em 2012, foi rebaixado.

Quando time precisa de receita, com venda de ingressos, de venda de camisa, de valorizar seus jogadores e ter exposição, acho que um título inédito seja melhor que terminar em terceiro no campeonato.

JOGO DE HOJE

Jogo de mata-mata requer intensidade o jogo todo.  Afinal, se o time estiver ganhando de 2 x 0, em um jogo de campeonato de pontos corridos, você pode tentar administrar o resultado.  Se tomar um gol não muda nada.

Mas, em mata-mata, 2 x 0, requer que o time continue jogando da mesma forma, pois tomar um gol, muda tudo no jogo seguinte.

Então, acho uma decisão inteligente poupar jogadores.  E corajosa, para ter que aguentar comentários como:  “Agora é obrigação ganhar”. 

Com todo elenco à disposição (exceção a Luiz Eduardo e Kardec contundidos e Rogerio machucado), Osorio pode jogar de várias formas.  E como de costume, analisa o adversário para escalar.

Difícil prever como ele vai escalar, mas vamos tentar usar seu método.  Características do adversário em azul, e o mais importante em vermelho.

Enfim, o Vasco de Jorginho é um time que joga no 4-1-4-1, como alguns times do Brasileiro jogando fora de casa.

O time se posiciona com 11 jogadores atrás da linha da bola,  e quando rouba a bola, abre o jogo pelas pontas com Nene, Andrezinho, Herrera ou Jorge Henrique.  Acho que hoje deva jogar Nene e Andrezinho, que ou carregam ou lançam em velocidade o atacante pelo meio da zaga.

PONTOS FORTES: 

Bola parada de Nene, que bate fácil na bola.  Time alto bom no cabeceio com zagueiros, Julio dos Santos e Herrera.

Lado Esquerdo: Julio César é o lateral que tem melhor apoio, tem mais habilidade e velocidade com a bola

PONTOS FRACOS:

Seus 3 volantes praticamente não participam do ataque, dando cobertura para os laterais.

Julio Cesar apoia bem, mas deixa espaço em suas costas.

A zaga é lenta e não joga avançada

Assim, acredito na seguinte escalação:

4-3-3, e o meio como Osorio diz 1-2 (um volante e dois meias).

Rogerio, Bruno, Rodrigo Caio, Lucão e Matheus Reis; Breno, Michel Bastos e Ganso; Carlinhos (Wilder), Luis Fabiano e Pato.

CRUZANDO PONTOS FRACOS E FORTES DO VASCO COM A ESCALAÇÃO DO SÃO PAULO

PONTOS FORTES DO VASCO

Com Breno de volante, ganhamos mais um jogar alto, nas bolas paradas.

Carlinhos (ou Wilder)  tem mais velocidade acompanhar e pressionar Julio Cesar.

PONTOS FRACOS DO VASCO

Como os volantes pouco atacam, podemos jogar com Michel Bastos e Ganso, mais ofensivos.  E deixamos os laterais mais fixos.

Carlinhos (Wilder) tem mais velocidade para jogar nas costas de Julio Cesar.

Com meias com qualidade no passe, é importante Pato infiltrar em diagonal sem bola para receber essa bola em velocidade pelo meio da zaga lenta que estará marcando Luis Fabiano.

E SE MESMO ASSIM, O TIME CONTINUAR COM DIFICULDADES PARA FURAR A RETRANCA?

Com os mesmos 11, podemos alterar a formação tática de 4-3-3, para 3-3-1-3:  Rodrigo Caio, Breno, Lucão; Bruno, Michel Bastos e Matheus Reis; Ganso; Carlinhos (Wilder), Luis Fabiano e Pato.

Com 3 linhas de 3, o time abre a marcação adversária.  Um único atacante não consegue marcar a saída de 3 zagueiros.

Se os meias de lado forem dar combate, sobre os jogadores da segunda linha de 3.

Os 3 atacantes podem jogar mais enfiados e não abertos, liberando o lado do campo para os alas.  E com cuzamentos, teremos 3 jogadores para disputar de cabeça.

Enfim, com várias peças à disposição, Osorio não precisa insistir em uma única forma de jogar, que pode ser anulada.

Se o adversário “encaixa” a marcação, ao inves de mudar jogadores, mudamos o posicionamento.

O “ESTRATEGISTA” JUAN CARLOS OSORIO, ESTA DE VOLTA. O “TREINADOR” FOI SENSACIONAL!

Posted on

Ultimamente não tenho feito análises táticas sobre o São Paulo. Desde o jogo contra o Figueirense no primeiro turno, contusões, suspensões, e vendas tem atrapalhado muito o técnico Juan Carlos Osorio.

“El Profe” é um excepcional TREINADOR e um ESTRATEGISTA extraordinário.

Ultimamente tem se dedicado a ser apenas TREINADOR.

É preciso olhar o todo, para analisar o trabalho do colombiano.

Em seu primeiro jogo contra o Santos, ele escalou: Rogerio Ceni; Bruno, Paulo Miranda, Doria e Carlinhos; Denilson, Souza, Ganso; Thiago Mendes, Luis Fabiano e Michel Bastos.

No jogo seguinte contra o Gremio: Rogerio Ceni, Bruno, Rodrigo Caio, Doria e Carlinhos; Denilson, Souza, Wesley; Ganso e Michel Bastos; Luis Fabiano.

Ele estava encantado com a longa sequencia de passes que o time trocava para chegar ao ataque. E estava trabalhando para que Souza, jogasse mais avançado e entrasse na área.

Paulo Miranda e Rodrigo Caio, assim como Doria, seriam os zagueiros que estavam sendo trabalhados para conduzir a bola, para “empurrar” os volantes e meias para frente, e assim Souza e Ganso ficariam mais pertos da área.

Eram os zagueiros mais rápidos para jogar em uma linha de defesa avançada.

Com posse de bola e zagueiros que condiziam a bola, o próximo passo seria trabalhar o jogo pelas pontas, com 3 atacantes, para o time jogar como ele desde o início disse que gostaria: 4-3-3 ou 3-4-3.

Mas, aí começaram os problemas.

Denilson, o único primeiro volante foi vendido. Rodrigo Caio que estava na zaga, e que poderia fazer a sua função, foi negociado com o Atlético de Madrid.

Paulo Miranda, que jogava como lateral, portanto, um zagueiro bom para conduzir a bola e jogar em linha alta, por ser rápido, foi também vendido.

Na sequencia, Souza foi vendido e Doria, terminou seu empréstimo.

Então o time idealizado com zagueiros que conduzissem a bola, “empurrado” os volantes, laterais e meias para o campo de ataque, tinha que ser drasticamente mudado. Todo o conceito planejado, teve que ser alterado.

Sem zagueiros que conduzissem a bola, sem jogadores no meio que trocavam uma longa sequencia de passes, o técnico tinha que treinar o time para jogar de outra maneira.

A melhor maneira de compensar essas perdas, era pressionar a saída de bola do adversário, e obrigado o time adversário “estourar” as bolas. Além disso, sem jogadores que sabiam manter a posse de bola, e acertar passes em sequencia, o time passou jogar com “passes diretos” da defesa para o ataque.

A volta de Rodrigo Caio, que não se acertou com o Valencia e Atletico de Madrid, nos fez ter um primeiro volante novamente.

Assim, acertou um novo posicionamento para Pato. Jogando aberto pela esquerda, Centurion pela direita.

E o time goleou o Vasco, com uma excelente atuação de Pato e Centurion.

Contra o Coritiba, com dois lançamentos de Lucão, Pato e Centurion mais uma vez brilharam. Jogando em alta velocidade pelas pontas, marcaram os gols.

Com o time arriscando “passes diretos”, com jogadores velozes, e sem controlar a bola, seria obvio que o time iria atacar mais rápido, mas também teria que se defender mais rápido.

Contra o Cruzeiro, Lucão inverteu com Rodrigo Caio, e a saída de bola passou a ter mais qualidade, e pressionando a saída de bola adversário, os forçando a dar “chutões”, Lucão ganhou todas as bolas pelo alto no meio.

Mesmo sem Ganso e Luis Fabiano, o time venceu.

Depois de TREINAR os jogadores, a serem polivalentes e principalmente a Memória Operacional, no jogo contra o Atlético-MG, o técnico teve a oportunidade de mostrar que é um grande ESTRATEGISTA.

Na escalação o time poderia estar no mesmo 4-2-3-1 que todos os times jogam. Com Thiago Mendes, Toloi, Rodrigo Caio e Reinaldo; Lucão e Hudson; Michel Bastos, Ganso e Pato; Luis Fabiano.

Mas, o time surpreendeu, se posicionando em um 3-4-1-2. Perdemos, mas foi o melhor jogo que fizemos, e o resultado não mostrou o que foi a partida.

No jogo seguinte, um clássico contra o Corinthians, Osorio foi corajoso!   Escalou novamente em um 3-4-1-2, com Luiz Eduardo que vinha da série D, e no segundo tempo em um 3-3-1-3.

O time sufocou o Corinthians, com “passes diretos” e inversões da zaga para as pontas, com AMPLITUDE e PROFUNDIDADE, e não fosse Vuaden que não deu o pênalti mais claro que não foi marcado no campeonato, venceríamos. Seria a vitória do ESTRATEGISTA Osorio. Pois talvez tenha sido o único jogo, em que o Corinthians, não conseguiu jogar como sempre joga.

Contra o Figueirense de Argel Fucks na rodada seguinte, o time teve Breno de volante, e ganhou mais uma.

Mas, aí voltaram os problemas. Vieram as contusões de Rogerio Ceni, Luis Fabiano, depois na sequencia as de Breno, Luiz Eduardo, Carlinhos, venda de Toloi, convocação de Rodrigo Caio e Lucão.

E assim, mais uma vez o técnico teve reinventar o time.

Reinventar o que tinha acabado de reinventar.

E voltou o Juan Carlos Osorio TREINADOR.

Teve que preparar e colocar para jogar jogadores que acabaram de ser contratados como Wilder, Rogerio, e jovens da base como Lyanco e Matheus Reis.

A zaga que começou a conduzir melhor a bola, e fazer inversões perdeu essa característica com a entrada de Edson Silva. A saída de bola, piorou muito.

E o time passou a oscilar. A bola passou a não chegar com a mesma qualidade para Pato e Ganso.

Contra o Gremio, parte da zaga voltou.  E com ela, voltamos a ter mais qualidade na saída de bola, e com isso, mais qualidade para chegar até Ganso e Pato, os jogadores com capacidade de decidir.

E o time parecia que começaria a engrenar.

Aí veio a contusão de Ganso.

Agora, para os jogos contra Vasco e Palmeiras o time volta a ficar completo. Não podíamos correr o risco de ter jogadores importantes se machucando nesse jogo.

Com isso, podemos esperar novamente o “estrategista” Juan Carlos Osorio.

Pois ele treinou todo o elenco, para ficar pronto e ajustado para uma nova forma de jogar.

O processo foi longo, doloroso, com baixas e contusões que ninguém poderia imaginar.

Mas, com o TREINADOR Juan Carlos Osorio, ganhamos jogadores que serão importantes agora: Lyanco, Luiz Eduardo, Matheus Reis, Wilder, Rogerio (para o Brasileiro), Breno de volante e Thiago Mendes.

Agora, o ESTRATEGISTA Juan Carlos Osorio voltará, e com ele variações táticas, polivalência de jogadores durante a mesma partida.

Hora de união no São Paulo!

Posted on

@saopaulo.blog

Começo o post de hoje, lembrando o que Abílio Diniz escreveu em seu blog no 19/06/2015 :

“Notícias recentes que me vincularam diretamente à gestão do São Paulo não são verdadeiras. Meu único vínculo se dá no Conselho Consultivo, onde tenho a companhia de são-paulinos ilustres que querem o melhor para o clube.

E, neste momento, estou esperançoso com o São Paulo.

Tenho tomado conhecimento do que o Carlos Miguel Aidar planeja fazer em relação à profissionalização da gestão. Se ele de fato seguir firme nessa linha, pode transformar o São Paulo em referência no futebol brasileiro e mesmo no futebol mundial. Afinal, o São Paulo tem recursos incríveis, começando por sua imensa torcida, sua tradição e seu patrimônio.

É preciso tirar proveito disso tudo com uma gestão moderna e competente.

Carlos Miguel afirma que vai construir um novo modelo de gestão, centrado na profissionalização e com foco nos resultados.

View original post 1,240 more words

A crise política no São Paulo, não é o que fazer. E sim de como fazer! Então é tempestade em Copo D´Agua!

Posted on

Abilio em junho, dizia em seu blog:

“Neste momento, porém, é importante que não haja mais brigas, que não haja situação e oposição, que todos se unam em torno de um São Paulo grande e ajudem a levar esse projeto adiante.

Esse projeto pode ser histórico, mas não será rápido. Por isso as cobranças não devem ser de curto prazo. Que se analise o todo, o rumo, o caminho que está sendo implantado.

Eu mesmo já fiz criticas ao Carlos Miguel Aidar no passado, mas este é o momento de unirmos forças em torno de um projeto que pode trazer muitas alegrias a todos os são-paulinos e ao futebol brasileiro.”

Vamos atentar a segunda frase. Ele mesmo diz que as cobranças não deveria ser a curto prazo.

E logo em seguida, pediu urgência na profissionalização?

O que será que mudou tanto nesse período?

Em minha humilde opinião, um clube que foi comandado de 2006 a 2014, por uma única pessoa, não pode ter o modelo de profissionalização mais drástico de todos.

Pois o plano de Abilio e o Ex-CEO tinha como objetivo afastar presidente, vice-presidentes e diretores de funções executivas e profissionalizar o São Paulo a partir da criação de um conselho de administração e da contratação de profissionais remunerados.

Quem iria presidir esse conselho de administração?

Até acho que poderia ser bom. Mas, tem que ser gradativamente, como ele mesmo disse, com um modelo intermediário, para depois um dia chegar a esse modelo.

A verdade é que em um clube, onde existe um conselho deliberativo, que é o órgão máximo do clube, e quem elege o presidente, o eleito não tem condições de fazer nada sozinho.

Aidar teve que apresentar o plano para o Conselho Consultivo do Clube, que tem como presidente José Eduardo Mesquita Pimenta. Foi ele quem comunicou o veto de Abilio nessa apresentação.

E parece que o projeto escolhido, não foi de uma única pessoa.

Enfim, como o plano de Abilio e Alex Bourgeois, não foi aprovado, a política entrou em campo.

E é essa política que esta atrapalhando o clube. Tem muita gente de opinião forte, que não gosta de ser contrariado, e se volta contra.

Leco, que manisfetou publicamente que não engoliu que JJ escolhesse Aidar ser o candidato da situação, disse naquela época ao Estadão:

“Achei péssimo. Foi uma desconsideração com a minha pessoa; já passei por inúmeros cargos em inúmeros departamentos, tenho trânsito político e nunca escondi essa vontade. Tenho legitimidade por tudo isso e continuo na disputa, isso para mim é bastante claro”

Pois é. POLÍTICA. Quando Aidar quis abrir a caixa preta dos 3 mandatos de JJ, e o tirou de Cotia, os desafetos se tornaram aliados.

E depois das declarações de ontem, de Abilio, Gustavo, Alex Bourgeois e Leco ficou claro que os boatos de que o ex-CEO e o Presidente do Conselhor Deliberativo, talvez com a ajuda de Abilio, estavam articulando o impeachment de Aidar, para colocar o Presidente do Conselho Deliberativo em seu lugar.

Afinal, Abilio queria um Conselho de Administração, Leco queria ser o candidato da situação e não foi, Alex queria ser o CEO, sem ter que dar satisfações para o presidente eleito do clube.

A conclusão desse enorme comentário é: As críticas a Aidar, não são de O QUE FAZER!

E sim de COMO FAZER!

Pois Aidar vendeu jogadores, reduziu a folha de pagamento, que representava o ano passado 57% das receitas, vem aumentando as receitas, com a participação na Copa Libertadores da América, patrocínios de Copa AIrlines e Gatorade, reformulação do programa Sócio Torcedor.

Ele foi quem levantou a bandeira de contratar o Instutito Aquila, para fazer um plano para profissionalizar o clube, e foi sua bandeira de campanha a contratação de um CEO.

Então, acho que todos concordam que a direção é essa.

O que muitos discordam e querem tumultuar é sobre que caminho percorrer nessa direção!

Zanquetta: Sobre o São Paulo FC, com Emerson Gonçalves

Posted on

@saopaulo.blog

8 ou 80? O São Paulo de hoje é mais bem mais complexo… Eu particularmente acho ridículo que se manifeste uma opinião e já haja quem te rotule como partidário de X ou Y. Por mais acostumado que eu esteja após quase uma década escrevendo sobre o São Paulo ainda há coisas quem me incomodam como esta de rotular uma opinião. É como não se pudesse apenas ter bom senso, não de pudesse opinar por fatos e acontecimentos e sim por um e outro que represente parte a parte.

Por exemplo: Se critico Aidar, sou partidário de Juvenal. Se elogio, sou chapa branca. Na última reunião da oposição por exemplo, Juvenal nem se deu ao trabalho de ir na 5a feira na pizzaria Copa. Estiveram os 38 conselheiros de oposição a Aidar e mais uns 40 sócios (que não votam em eleições) e JJ não deu o ar da graça…

View original post 3,404 more words