Month: July 2015

Cruzamento entre a zaga e Rogerio – Por Airnani

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Rogerio Ceni é um grande ídolo.  Sou um grande fã dele.

Mas, qualquer ser humano, sente a idade.  É verdade que o raciocínio se torna mais rápido, mas o corpo não responde na mesma rapidez.

Esse post nada tem a ver com o ídolo, com o jogador apaixonado pelo time que é Rogerio Ceni.

Mas, sim uma análise sobre um jogador que passou dos 40 anos, em um futebol cada vez mais físico.

A explosão, reação de um jogador de 42 anos, que raramente precisa correr, ou dar piques, é menor que de qualquer jovem de 20 e poucos anos.  Ou até 30 baixo.

Sinceramente, tenho uma grande dúvida, se o problema do São Paulo nos últimos anos, é seus zagueiros que não sabem fazer linha de impedimento, ou se é porque eles não podem fazer a linha.

Não podem porque uma bola lançada nas costas do zagueiro, assim como foi o lance de ontem, em que Vitor abafou Ganso fora da área, terá a “cobertura” ou a “reação” adequada para “encurtar” ou abafar o atacante.

Não quero ser injusto, e portanto, convido a todos a analisar os últimos gols que estamos tomando.

Pode ser coincidência, mas Santos, Palmeiras, Atletico Paranaense, Coritiba e Atletico-MG fizeram gols parecidos contra nosso time.

Lançamento de longe para entrada da área, e o atacante correndo de frente chega para concluir.

O lance de Ricardo Oliveira foi mais para o lado, mas ele acertou um belo chute.  Cristaldo do Palmeiras, chegou cabeceando, Marco Aurélio do Coritiba (talvez o mais rápido, e tbm bem instruído por Ney Franco), chegou e ainda driblou o Rogerio, e ontem Lucas Pratto, duas vezes.

Já Sport, ontem, Atlético Paranaese, Palmeiras, fizeram gols em cruzamentos rasteiros dentro da pequena área, para marcar.

Goleiro no Barcelona que joga com a linha avançada, não precisa ser bom embaixo das traves.  Precisa ser rápido, para sair do gol e jogar com um líbero.  O mesmo podemos falar de Neur.

Infelizmente hoje, não poderei responder as mensagens como sempre faço, pois não vou estar conectado o tempo inteiro.

São Paulo, Vendas, Base, Moneyball. Aidar, Osorio e novo CEO, estão mudando o jogo – Por Airnani

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Os mais velhos irão se lembrar do início da década de 1980.

O São Paulo tinha vários craques de seleção como Waldir Peres, Getúlio, Oscar, Marinho Chagas, Humberto, Renato Pé Murcho, Paulo César, Serginho, Zé Sérgio e Mario Sérgio (hoje comentarista).

O time conquistou o bi-campeonato Paulista de 80, 81 e foi vice em 82 e 83.

No Brasileiro foi vice em 81 e caiu nas quartas de 80, 82 e 83.

Já em 83, Serginho foi para o Santos, Getulio para o Fluminense, Mario Sergio para o Gremio e Marinho Chagas para o Bangu, Everton foi para o Guarani.

Em 1984, Aidar fez uma grande reformulação, apostando em jovens formados na base, e jovens promessas de outros clubes.  Trocou dois jogadores renomados Zé Sérgio e Humberto, pelo jovem Pita com o Santos.

Paulo Cesar Capeta, ponta direita com passagens pela seleção, foi para o Corinthians.

Waldir Peres foi para o América-RJ.

Renato Pé Murcho, foi para o Botafogo/RJ.

E o São Paulo apostou em pratas da casa, como Adilson, Nelsinho, Marcio Araujo, Vizzoli, Silas, Muller, Sidney, e trouxe outros jogadores que não tinham o mesmo nome e reconhecimento dos que sairam como Gilmar Rinaldi (goleiro), Zé Teodoro e Bernardo.

E ainda recuperou Casagrande, que veio de empréstimo do Corinthians.

Em 85, fizemos a mais ousada contratação de um time brasileiro.  Trouxemos Paulo Roberto Falcão, um dos maiores ídolos da Roma, até hoje.

Fomos campeões Paulista em 85, 87, e brasileiro em 86.

Depois vendemos Careca, Muller, Silas, Oscar, Dario Pereyra e Pita, e o clube ficou em uma situação financeira invejável, que permitiu investimentos em infra-estrutura que temos hoje.

Aidar ficou até 1988, e foi ele quem trouxe jogadores importantes como Raí e Ronaldão.

Em 1989/90, tinhamos no elenco jogadores consagrados como GIlmar Rinaldi, Zé Theodoro, Ricardo Rocha, Nelsinho, Bernardo e Bobo e Edvaldo.

Mas, apostamos em jovens da base como Cafu, Vitor, Antonio Carlos, Doriva e Elivelton.  Trouxemos um goleiro que era reserva do Palmeiras, Zetti, trocamos o lateral da seleção Nelsinho, por um jovem promissor Leonardo, e recuperamos jogadores que estavam há tempo no São Paulo, como Raí e Ronaldão.

Fomos campeões brasileiro em 1991, Libertadores e Mundial 92 e 93.

Enfim, os tempos mudaram, mas, em 2015, tenho convicção que 2015, será um marco importante.

Mas, vejo que o São Paulo, esta fazendo o certo.  Quem era Lugano, Miranda, Mineiro, Josué, Cicinho e Aloísio Chulapa, quando o trouxemos?  E Breno?  Um zagueiro de 17 anos?  E Hernanes e Jean, jogadores que ficaram sendo emprestados até substituirem os ídolos MIneiro e Josué?

Estamos nos desfazendo de jogadores caros e “fatiados” com Denilson (tinhamos 40%), Souza (tinhamos 30%), Paulo MIranda (tinhamos 40%), e estamos negociando Boschilla (50%) e Jonhatan Cafú (50%).

Não se surpreendam, se chegarem propostas por Ganso (32%) e Toloi (25%).

Quando Osorio diz que quer jogadores que pensam 100% no São Paulo e no coletivo é isso.  Jogadores “fatiados”, mesmo que não queiram, tem outros interessados em seu desempenho (ainda que individual e não coletivo).  Eles tem que brilhar, para que seus investidores recuperem seus investimentos.  E em uma bola que podem fazer o mais fácil, talvez tentem o mais difícil.

Lucão, Rodrigo Caio, João Schimitd, Matheus Reis, Luiz Araujo, João Paulo, tem como sócios eles mesmos.

Lyanco, Wesley, Kardec, Michel Bastos, Bruno, Carlinhos, idem.

Temos que ter jogadores que são nossos, pois todos sabem que o Brasil é um produtor e um exportador de craques.  Os clubes então tem que revelar seus próprios jogadores.

Não podemos mais servir de barriga de aluguel para jogadores como Lucas Evangelista, Aloísio Chulapa, Filipe Luis, Roger Carvalho, Rafinha, Caramelo, Roni, Boschilla, Adelino e Bruno Cantanhede.

Vejam os jogadores que estamos vendendo!!!  Ficamos com a menor parte!  Ou no máximo metade!!!

E o que o empresário fez, para dividir os lucros?  Um DVD?  Viu eles jogarem antes de nós?

Mas, convido a todos a assistirem o Filme Moneyball (o homem que mudou o jogo). E lembrem-se que temos um CEO, Alex Bourgeois, que segundo a revista época (http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Visao/noticia/2015/05/o-homem-que-quer-mudar-o-jogo.html), é o homem que quer mudar o jogo.

Apesar de muitos acharem que estamos trocando títulos por caixa, e que na verdade é o correto, tudo esta sendo planejado.

Análise São Paulo x Cruzeiro – Por Airnani

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Estive ontem no Morumbi para assistir o jogo, e apesar do resultado magro, gostei muito do que vi.

Não fomos brilhantes, mas, o time já esta começando a mostrar evoluções táticas e um esquema de jogo moderno.

PONTOS POSITIVOS

ALEXANDRE PATO – Ele e Osório acharam sua posição.  Ontem, não fomos nós que nos preocupamos com Mayke e Marquinhos como na Libertadores.  Foi o Cruzeiro que escalou Ceará para ficar marcando Pato.

Como já disse várias vezes aqui, jogador de beirada que joga de pé trocado é hoje a posição mais valorizada no futebol Mundial.  Cristiano Ronaldo, Bale, Robben, Ribery, Messi, Neymar, Hazard, etc.

Esses jogadores não tem que acompanhar lateral.  São os laterais que tem que ficar presos para marcá-los.  Mas, no Brasil, tirando Pato, nenhum outro jogador merece essa marcação.  E isso faz grande diferença.

JOGADORES VERSÁTEIS QUE PODEM MUDAR A FORMA TÁTICA DURANTE O JOGO, SEM SUBSTITUIÇÕES – Ontem a escalação apontou Toloi e Lucão na zaga, Rodrigo Caio e João Schmitd no meio.

Quem viu o jogo, percebeu que Lucão foi volante e Rodrigo Caio zagueiro pela esquerda.

Isso poderá fazer o time no futuro, mudar de 4-3-3, para 3-4-3, durante uma partida, sem fazer substituições.

O importante é perceber, que com 3 atacantes, fizemos Fabio “Estourar” a bola diversas vezes.  E Lucão de volante ganhou todas as bolas que foram para o meio de cabeça.  Ainda é preciso acertar o posicionamento dos outros dois jogadores para ganhar a segunda bola.  Mas, o meio campo que jogamos ontem, nunca havia jogado juntos.

CRUZAMENTOS DE PÉ TROCADO COM A BOLA INDO EM DIREÇÃO AO GOL -Perceberam o gol do São Paulo?  Carlinhos cruzando de perna direita, e toque leve de Pato?  Acaso?  Não!

Michel Bastos tentou vários cruzamentos, Pato já havia feito esse cruzamento no jogo contra o Vasco, com gol de Michel Bastos:

Esse cruzamento é importante, pois quando se joga com 3 atacantes, o atacante do lado oposto fecha no “segundo Pau” vindo de frente para o gol.  Já nos cruzamentos sem pé trocado a bola faz uma curva para fora da pequena área, e assim que vem no outro lado dificilmente cabeceia a bola perto do gol, pois a bola faz curva para fora da pequena área.

PASSES CRUZADOS DO  MEIA ESQUERDA/DIREITA PARA O PONTA ESQUERDA/DIREITA – Ontem não acertamos muitos passes cruzados, mas tentamos.  O fato é que o Cruzeiro jogou com dois laterais bastantes defensivos e altos:  Ceará 1,75cm e Fabricio 1,85cm.

Mas, contra times que o lateral é mais baixo, a tendência é que os laterais fechem o meio e deixem o ponta mais livre para receber e depois dar o bote.  O Barcelona faz isso muito bem.  E por isso é difícil marcar individualmente sem dar espaços.

Pois se o lateral fica grudado no ponta para cortar esse tipo de passe, ele abre o bico da grande área para o meia direita ou esquerda penetrar com a bola dominada na área.

PONTOS A MELHORAR

LINHA DE IMPEDIMENTO – Toloi tem que comandar a linha de impedimento, e não recuar tanto.  Em várias jogadas ontem, em que poderiamos “encurtar” o espaço do Cruzeiro, Toloi recuou muito, levando os atacantes cruzeirenses a “afundar”, abrindo espaços para os meias criarem.

Toloi tem que gritar e parar, como fazia brilhantemente DIego Lugano, que mesmo sendo o 3o zagueiro da sobra, quando jogavamos com 3 zagueiros, organizava uma das melhores linhas de impedimento que já vi!

CONCLUSÃO

Taticamente o São Paulo é sem dúvidas, o melhor time do Brasil hoje.  Mas, é claro que ainda falta entrosamento.  Perdemos Paulo MIranda, Dória, Denilson, Souza, que nas mãos de Osorio estavam crescendo muito. Perdemos os dois laterais por contusão, que estavam jogando muito: Bruno e Carlinhos.

Por isso, a preocupação de Osorio é primeiro em fortalecer o meio campo (defensivo) e a defesa, pois foi o setor que mais teve baixas.