Month: August 2015

Derrota dura! Osorio assumiu a culpa, e reconheceu o erro! Isso o diferencia dos técnicos Brasileiros.

Posted on

Osório assumiu a culpa.  Reconheceu que errou.

Acho que a culpa ou o erro, foi por um PRINCÍPIO DE VIDA que ele tem:  dar oportunidade à todos!

E ontem, ele deu oportunidade para Edson Silva na zaga, para Michel Bastos jogando mais avançado, e não deu certo.

Infelizmente Edson Silva não consegue jogar no esquema de linha de zaga avançada de Osorio e 3 zagueiros.

Ele tem uma péssima saída de bola, não sabe fazer inversões longas, como Toloi e Lucão, e é lento.

No primeiro gol, acho que ele poderia ter dado um carrinho assim que o jogar adversário cruzou.

No segundo gol, ele avançou (não sei para antecipar um passe curto) e abriu a zaga e deixou um buraco em suas costas.

O time mostrou ontem, que Ganso é importante, e sem Boschilla, temos que buscar um jogar para fazer a função.

Ontem Michel Bastos jogou da maneira que mais gosta, atrás do atacantes, com chances de finalizar ao gol.

Mas, falto um atacante que prendesse a zaga.  Sem centroavante, os zagueiros puderam cobrir os laterais, e avançar para bloquear à frente da área.

Wesley ainda parece sem ritmo.  Ficou muito tempo parado no Palmeiras, não fez pré-temporada, se machucou, e parece que esta um pouco abaixo do ritmo dos demais.

Enfim, não condeno Osorio.  Se olhassemos para o calendário de jogos, que teremos, se tinha um jogo que poderiamos poupar jogadores e ganhar era esse.  Não foi menosprezo.  Mas, às vezes, não dá certo como ele falou.

Contra o Ceará, ele sabe que teremos que ter jogadores inteiros para pressioná-los e abrirmos vantagem aqui.  Depois tem Flamengo no Rio.

Como já havia dito antes, o time ainda não está pronto.

O Porque dos bilhetes, e as varições táticas com os mesmos 11, dificultando a marcação adversária.

Posted on Updated on

Como já havia explicado no último post, jogando com um zagueiro de volante, o time de Juan Carlos Osorio ganha em marcação, em altura, e assim libera mais os meias, fica mais forte em bolas paradas, e quando pressiona o time adversário a dar chutão, tem um jogar alto para brigar onde a bola costuma ir.

Mas, não é só na parte defensiva que o time ganha, com um zagueiro de volante.  O time ganha em alternativas táticas, sem mudar um único jogador.

Isso foi o que impressionou Kaka no ano passado quando enfrentamos o Atletico Nacional de Juan Carlos Osorio.  O time mudava a formação tática, algumas vezes durante a partida.

Depois de ver a mudança tática do time de domingo para quarta, acredito que isso esta perto de acontecer no São Paulo, fazendo o time ser difícil de ser marcado!

Isso traz possibilidades diferentes, e desmonta times que se prepararam para anular nossas principais jogadas e jogam por um erro nosso ou uma bola parada.

BILHETES DE OSORIO

Agora que o elenco esta ganhando alternativas, com Breno voltando, Luiz Eduardo o zagueiro canhoto que ele pedia, Guisao o ponta veloz e Bruno recuperado de lesão, Juan Carlos Osorio poderá mostrar realmente que além de um grande TREINADOR, é um grande SELECIONADOR e um grande ESTRATEGISTA.

Com os mesmos 11, Osorio pode mudar a variação tática durante a partida.  E agora, alguns críticos que o ironizavam, vão entender o porque do BILHETINHO:

 POR FAVOR NÃO SE ATENTEM AOS NOMES!

Toloi pode estar no lugar de Lucão, Michel Bastos no lugar de Ganso, Carlinhos, Guisao, Thiago Mendes poderia estar no lugar de Bruno ou Wesley.

“LO MÁS IMPORTANTE” são as POSSIBILIDADES de se MUDAR A FORMAÇÃO TÁTICA, durante a MESMA PARTIDA, sem FAZER NENHUMA SUBSTITUIÇÃO”

4-3-3 base voltada para defesa ataque
4-3-3 COM 2 VOLANTES E UM MEIA. ESSA FOI A FORMAÇÃO QUE COMEÇOU O JOGO CONTRA O FIGUEIRENSE

Vamos supor que o time adversário faça uma marcação individual sobre Ganso, marque a saída com os laterais, e os laterais abram para marcar Pato e Guisao.  Então a linha de 4 defensiva, no último 1/3 do campo (sua Defesa), ao invés de fechar os 40M centrais (o normal), abra os laterais para marcar os 68M.

Entre os zagueiros e os laterais então, irá abrir um buraco.

OSORIO MANDARÁ UM BILHETE PARA O TIME ASSIM:

4-3-3 ataque
4-3-3 COM UM VOLANTE E DOIS MEIAS. PATO E GUISAO “AMPLIAM”, ARRASTAM OS LATERAIS, E DEIXA UM “BURACO” ENTRE OS ZAGUEIROS CENTRAIS E LATERAIS. COM O MEIO DESCONGESTIONADO, GANSO E WESLEY PODEM TABELAR COM L. FABIANO, OU AVANÇAR PARA QUE O LATERAL “FECHE”, DEIXANDO PATO OU GUISAO COM LIBERDADE

Mas, o jogo continua 0 x 0, pois o técnico adversário é da “Escola Gaúcha” e arma uma retranca 4-5-1 (4-1-4-1).  Ou seja, eles se COMPACTAM em duas linhas atrás da bola. A linha de 5 do meio “fecha” e “bloqueia” todas as possibilidades do passe chegar aos pontas e ao centroavante.

OSORIO ENTÃO MANDA UM BILHETE PARA TROCAR A PRIMEIRA LINHA DE 4, PELA SEGUNDA.  OU SEJA, BRENO PASSA A SER ZAGUEIRO E LIBERA OS LATERAIS (ATACAMOS COM MAIS 1 JOGADOR):

3-4-3 ataque
COM APENAS UM ATACANTE PARA MARCAR, OS DOIS ZAGUEIROS “DE LADO” TEM LIBERDADE E TEMPO PARA JOGAR. E ASSIM FAZEM PASSES INVERTIDOS (LUCÃO PARA PATO E L. EDUARDO PARA GUISAO), PARA QUE A BOLA “PASSE DIRETO” PELA LINHA DE BLOQUEIO COM 5 JOGADORES.

Mas, o jogo continua 0 x 0, pois o retranqueiro técnico adversário, coloca mais um zagueiro no lugar de um meia.

Fecha completamente os 68M, com uma linha de 5, e faz mais uma linha de 4 à sua frente.

OSORIO MANDARÁ UM BILHETE ASSIM ENTÃO:

3-3-1-3 AMPLITUDE E PROFUNDIDADE
3-3-1-3 COM AMPLITUDE E PROFUNDIDADE. GANSO VAI JOGAR ENTRE AS DUAS LINHAS DEFENSIVAS ADVERSÁRIAS. E AÍ, OU UM ZAGUEIRO SAI EM SUA MARCAÇÃO, OU UM VOLANTE RECUA AINDA MAIS (TORNANDO UMA LINHA DE IMPEDIMENTO DIFÍCIL DE SER FEITA COM TANTOS JOGADORES). NA PRIMEIRA OPÇÃO, A LINHA DEFENSIVA VOLTA A SER DE 4, COM POSSIBILIDADE DO “PASSE DIRETO” DOS ZAGUEIROS PARA OS PONTAS, OU COM CARLINHOS E BRUNO ENTRANDO PELO MEIO E TABELANDO COM LUIS FABIANO. NA SEGUNDA OPÇÃO, BRUNO, CARLINHOS, WESLEY E OS ZAGUEIROS TEM LIBERDADE PARA ARRISCAR UM CHUTE DE FORA DA ÁREA (UMA DAS CARACTERÍSTICAS DO TIME DO ATLÉTICO NACIONAL, ERA FAZER MUITO GOL DE FORA DA ÁREA. AFINAL, COM TANTOS JOGADORES NA ÁREA, A VISÃO DO GOLEIRO É DIFICULTADA, E TAMBÉM TEM A POSSIBILIDADE DA BOLA DESVIAR E ENGANAR O GOLEIRO.)

Enfim, com essas alternativas, El Profe, deixará de ser chamado de Pardal por ter um zagueiro de volante.  Todos entenderão o porque dos bilhetes, ao invés de achar que são mensagens escritas, entenderão que são desenhos táticos e que isso facilita muito o entendimento de todos.  Isso além de não ter que gritar para que o técnico adversário, jogadores adversários e reporteres, saibam qual a mudança que ele quer.

Análise BR 2015 : Figueirense 0x2 SPFC

Posted on

@saopaulo.blog

11217979_10153511417509420_1286278444313497738_n

E em Florianópolis o Figueirense recebeu o Tricolor mais querido do mundo para embate válido pela 18a. rodada do Brasileirão.

Para o SPFC seria importante uma vitória já que o adversário é fraco e ambicionamos voltar ao G4.

A partida começou com minutos de atraso. Isso porque os quartetos de arbitragem dos jogos desta quarta-feira realizaram um protesto simbólico antes do início das partidas. Nas partidas, os quartetos se reuniram no círculo central, fizeram um minuto de silêncio e levantaram a placa que indica substituições com os números zero e cinco. Os números são uma referência ao item da MP do Futebol vetado pelo poder executivo, que dava direito aos árbitros de terem um repasse de 0,5% dos valores das cotas de TV.

Com Breno em campo o Tricolor iniciou o primeiro tempo muito bem. Com o time bem postado, iniciamos a partida oferecendo bastante perigo, com Luis Fabiano no…

View original post 260 more words

Reflexão racional sobre Valdivia

Posted on Updated on

Acho que vale uma reflexão sobre Valdivia:

– Será que o problema era ele, ou era o Palmeiras?

Em 2010 e 2011, eles terminaram em 11o. Em 2012, eles foram rebaixados. Em 2013, jogaram a segunda divisão. E em 2014, terminaram em 16o.

Um conselheiro do Palmeiras que bancou sua contratação, queria o vê-lo jogar a qualquer custo, mesmo que ele não estivesse 100%. Nunca ele teve o tempo correto para se recuperar.

Desde a aposentadoria de Marcos, ele foi o único ídolo da torcida, e assim sempre o mais pressionado em todas essas campanhas ruins que o Palmeiras fez.

E não foi só com ele não. Wesley, que foi contratado com dinheiro da torcida, era questionado, e em outras épocas, vimos Kleber Gladiador, Diego Souza e Vagner Love saindo do clube pelos mesmos motivos.

(Quando a fase não é boa, o ídolo é o mais contestado. Veja o caso de Luis Fabiano em 2013, quando ficamos várias rodadas na zona de rebaixamento. Queriam que ele entrasse em campo, por ser um dos maiores salários, de qualquer forma, para resolver.)

Valdivia, desde sua volta em 2010, jogou com técnicos como Antonio Carlos Zago, Murtosa, Narciso, Gilson Kleina, Gareca, Dorival Junior e Oswaldo de Oliveira. Técnicos muito inferiores a Marcelo Bielsa e Sampaoli.

E porque o Valdivia do Chile é melhor? Aliás, o Chile de Bielsa e Sampaoli, e não o de Claudio Borghi (que foi treinador do Chile no meio dos dois, e que fechou as portas para Valdivia na seleção, que voltou com Sampaoli), que jogavam no mesmo estilo que Osorio quer implantar como vemos acima no quadro.

Se Osorio participou da reunião, é porque sabe que Valdivia poder ser o “Cardona” em seu esquema no Atlético Nacional.

Sobre as intrigas com Rogerio Ceni, se o próprio disse que não tem problema, porque nós ficaremos preocupados.

Piorar o ambiente? Ora, um jogador não piora o ambiente sozinho. A não ser que seja o líder do grupo, coisa que não será aqui.

Osorio é admirador de Bielsa, que formatou o Chile que ganhou a Copa América.  Contra o Corinthians, ele já jogou com um esquema parecido com o do Chile.

Foi corajoso, destemido.  Veja entrevista de Valdivia falando sobre o porque do sucesso do Chile:

http://torcedores.com/noticias/2015/08/valdivia-classifica-chile-como-destemido-e-avisa-ninguem-hoje-joga-como-nos

A diferença do nosso grupo é que a maioria não tem medo. Todos os jogadores, Vidal, Medel, Vargas, Sánchez, ou os mais novos, parece que não ligam para nada. Na hora de jogar, acreditam que somos os melhores do mundo. Essa energia e união fazem com que nossa seleção não tenha medo de ninguém”.

Hoje não tem seleção no mundo que joga como nós: pressão, afogando os caras, marcando determinado setor. A gente sabia tudo sobre a Argentina, quem daria a bola para o Messi era o Pastore e o Mascherano, o Di Maria ia puxar na diagonal, sabíamos que o Rojo avançaria mais. O Chile respeita todas as seleções, mas não entramos com medo. E isso fez a diferença para aquela vitória na Copa América

Alguma semelhança com o que Osorio quer?

Entenda porque a zaga do São Paulo ficou exposta nos últimos 2 jogos, e porque zagueiro de volante!

Posted on Updated on

Nos últimos 2 jogos, apesar de criarmos 3 chances claras de gol logo no início, acabamos saindo atrás no marcador.

E um time que sai atrás no marcador, tem duas escolhas:

  1. Se preocupa com a forma que tomamos o gol, e recua esperando uma bola parada, ou um erro do adversario para empatar, dando a impressão de não ter raça ou
  2. Com coragem e ousadia, corre riscos, mas ataca em busca do empate

Quase todos os técnicos brasileiros, optariam pela primeira opção.  Mas, Juan Carlos Osorio, prefere a segunda opção.

Raça é coragem, é tomar a iniciativa e sentir 100% responsável em mudar o jogo, ao invés de esperar um erro do adversário ou uma falta perto da área.

É por isso que o futebol brasileiro ficou “chato”.  Quando o adversário não erra, os jogadores começam a “cavar” faltas perto da área.  E aí, tenta jogar a pressão e a responsabilidade para o árbitro.

Enfim, o esquema de Osorio ainda não esta pronto!  Sendo um profissional ético, ele tentou colocar em prática seu estilo de jogo, com o elenco que tinha à disposição.  Mas, com saídas de jogadores, convocações para seleção de base, e empréstimo que venceu, ele não conseguiu.

Somente agora com a contratação de Luiz Eduardo para suprir a ausência de Doria, e com Lucão, Rodrigo Caio que voltaram, Breno recuperado além de Toloi e Edson Silva (os únicos que estiveram sempre à disposição), temos peças suficientes para começar a adotar a variação tática que Osorio quer implementar: 4-3-3, com um zagueiro de volante, que pode variar para um 3-4-3 (ou 3-3-1-3, quando o meio fica em forma de diamante).

Mas, ainda falta opções para as duas pontas.  No jogo contra o Atlético-MG e contra o Corinthians, faltou um ponta direita, que pode ser Guisao, Auro, e com tempo Centurion (que prefere jogar no mesmo lado que Pato).

Pois Osorio gosta de jogar com alta pressão no campo adversário, como o Chile de Bielsa e Sampaoli (ilustrado na figura):

Ilustração tirada do site: http://www.thehardtackle.com/
No 3-4-3 de alta pressão do Chile de Bielsa e Sampaoli, ou do Atlético Nacional de Osorio, o time bloqueia todas as alternativas do adversário (maioria do times do Brasil jogam no 4-2-3-1) para sair tocando a bola. E assim tem que recuar a bola para o goleiro, que é pressionado pelo Centroavante, obrigando o time adversário a dar chutão! E o Chutão cai onde? No meio campo! Por isso, um zagueiro de volante!

Contra o Corinthians, faltou um ponta veloz, para pressionar essa saída de bola.  Um time não pode sair tocando como saiu o Corinthians com Uendel, que começou a jogada, correu no vazio e recebeu a bola lá na frente.

Se tivéssemos um ponta direita rápido, eles jamais conseguiriam sair jogando.

Mas, é assim que veremos o São Paulo no segundo turno!  Um time que pressiona a saída de bola, e briga com 3 zagueiros altos pela bola “estourada” no meio campo.

Dificilmente um time virá com a bola dominada contra nosso time.

Já nosso time, será difícil de ser marcado sob pressão. E vou falar em um novo post, o porque!

A TEORIA DO POST DE SEXTA, NA PRÁTICA COM O JOGO DE ONTEM

Posted on Updated on

Na sexta-feira, escrevi um post falando sobre Osorio, suas preferências táticas (4-3-3 ou 3-4-3) e seu conceito de AMPLITUDE E PRFUNDIDADE vs COMPACTAÇÃO (https://zanquetta.wordpress.com/2015/08/07/osorio-e-4-3-3-ou-3-4-3-e-nao-4-2-3-1-e-3-5-2-amplitude-e-profundidade-e-a-diferenca/#comment-239303).

Hoje, para que esses conceitos fiquem mais claro à todos, vou ilustrar com exemplos práticos do jogo de ontem.

AMPLITUDE/PROFUNDIDADE vs COMPACTAÇÃO

Trecho do texto de sexta:

O conceito de amplitude e Profundidade, tem como objetivo, “espalhar” mais os jogadores em campo, com o intuito de dificultar a marcação sob pressão.

Seria o “antídoto” da COMPACTAÇÃO.

Com jogadores afastados para os lados e para frente, o time adversário não tem como se compactar para defender.

O Chile de El Loco Bielsa e Sampaoli, são os grandes exemplos desse conceito de AMPLITUDE e PROFUNDIDADE. Perceba como jogadores mesmo sem ter tanta habilidade, saem tocando sempre para frente, “espalhando” seus jogadores, abrindo pelas laterais, e com 3 linhas um pouco mais distantes.

Já o time que melhor faz a compactação defensiva é o Corinthians de Tite. Eles encurtam o espaço, fazendo uma linha de impedimento alta, e suas linhas atuam sempre muito próximas. Outra característica é fechar bem o meio, com os laterais próximos dos zagueiros.  Dos 68 m (média da largura dos campos), ele fecham os 40m próximos do gol.

O volante Ralf (ou Bruno Henrique) não permitem tabelas na entrada da área, se posicionando entre as 2 linhas de 4.

Os 4 que compõe a segunda linha de 4, fazem o mesmo que a primeira linha defensiva. Jogam próximos e “afunilados”. E só correm para as laterais para darem o bote. A preocupação sempre é evitar o toque pelo meio.

NA PRÁTICA

Osorio escolheu o 3-4-1-2, ao invés do 3-4-3. Isso deve-se a carência da equipe de ter um ponta pela direita. Wilder e Pato não puderam jogar, e assim tínhamos apenas Centurion.

O time ficou um pouco “torto” por conta disso. Tínhamos PROFUNDIDADE pelo lado esquerdo com Centurion. Mas, como Ganso joga mais centralizado, o lado direito teve Bruno contra Uendel e Malcom. E aí, tem não só o lado negativo, mas como também o lado positivo.

E o que isso impactou na prática no jogo de ontem? O gol do Corinthians, assim como já havia acontecido com o Atlético-MG (2º gol), saiu por esse lado. Uendel, não tinha muitas preocupações defensivas, pois quem marcava Bruno era Malcom. E foi o lateral esquerdo, o jogador mais perigoso do time adversário.

Mas, por outro lado, logo no início do segundo tempo, sabendo que Tite, deve ter notado como abrimos as jogadas no primeiro tempo, deixou a COMPACTAÇÃO UM POUCO DE LADO, e tentou AMPLIAR (ALARGAR) as linhas de 4, e Osorio falou para o time atacar pelo meio.

E foi assim que fizemos o primeiro gol.   Tabela pelo meio, Centurion mais “fechado” recebeu a bola e chutou. E no rebote, Luis Fabiano fez o gol.

Para quem notou na comemoração do gol, Osorio foi correndo falar com Lucão. O que ele disse? Eles estão querendo marcar o lado, e deixando o meio mais exposto.

E logo na primeira bola que Lucão pegou, arrancou pelo meio com a bola dominada, avançando de uma intermediária a outra, exatamente onde o Corinthians normalmente bloqueia: O meio.

POST DE SEXTA (TEORIA):

Muita gente se acostumou com o fato de que 3 zagueiros é sinônimo de 3-5-2.  E talvez por isso, acham que é um sistema mais defensivo e cauteloso.  Afinal são 3 zagueiros, dois alas, 2 volantes e 1 meia.

Mas, no futebol moderno dos técnicos contemporâneos, o esquema de 3-4-3 é ultra ofensivo (com tempo para que os jogadores entendam como foi o Chile de Bielsa e Sampaoli, que chegam até a jogar no 3-3-3-1).

E a principal diferença é o posicionamento do meio campo (em linha com 2 volantes e dois alas) ou um losango (com um volante mais recuado, dois alas abertos e um meia de ligação mais avançado), e 3 atacantes.

Nesse sistema, os alas não se “batem” com os laterais.  Quem faz isso são os pontas.  Os alas se batem com os meias de lado de campo.  Esse tipo de esquema é para “sufocar” o adversário, fazer o time adversário estourar as bolas, e postar os zagueiros para “brigar” pela bola aérea no meio campo.  Afinal, um zagueiro tem maiores chances de ganhar de cabeça que um volante.

Mas, o grande diferencial desse esquema se comparado com o 3-5-2, é AMPLITUDE E PROFUNDIDADE.

A ideia de se jogar assim, não é defensiva, e sim ofensiva. Muitos acham que jogar assim é para ter um zagueiro na sobra.

Isso é coisa do passado, pois com o vigor físico dos jogadores atuais, é impossível deixar um zagueiro “sobrando”. Você perde um jogador para marcar mais à frente.

Desta forma, o que se espera, é as 3 linhas jogarem espaçadas, e com isso evitar que um time possa sufoca-lo em seu campo.

Veja como o Chile toca a bola, e como é difícil sufocar o time deles.

Quando você abre os 3 zagueiros, é preciso de 3 atacantes para marcar a saída de bola.

As opções dos zagueiros são passe “paralelo” para o ala, diagonal para os volantes, ou um passe direto para o ponta!

Talvez seja por isso que MAC e outras pessoas não entendam porque precisamos de zagueiros canhotos e em 2006, 2007 e 2008 não precisávamos.

O passe em diagonal (que Pique faz bem para Neymar) de um zagueiro para o ponta, é uma das melhores formas, de sair do sufoco e rapidamente criar uma opção de gol. Veja contra o Coritiba. Não foi um passe cruzado, mas, um passe direto.

Se os 3 atacantes avançam, é preciso de 4 jogadores da segunda linha também espaçada, para pressiona-los a receber a bola de costas. Pois se um dos jogadores recebe a bola, com condições de virar e olhar para frente, tem opções inúmeras pelos lados ou pela frente.

 

NA PRÁTICA

1º TEMPO

O 3-4-1-2 de Osorio, “espalhou” o time em campo. O Corinthians, como sempre faz, quando joga fora de casa, ou depois que marca um gol em casa, marcou atrás da linha da bola.

Como a maioria dos times no Brasil, adotam o 4-2-3-1 para atacar, Tite com suas duas linhas de 4 e com Bruno Henrique entre elas, fazem um “sanduíche” na linha criativa (3).

Eles “induzem” o time adversário a começar as jogadas com os 2 zagueiros centrais ou os 2 volantes. E por isso, os times adversários tem dificuldade de criarem contra eles.

E foi isso que aconteceu. Mas, ao invés de 2 zagueiros, tínhamos 3 bem espaçados (ontem, acho que muitos entenderam de porque precisávamos de um zagueiro canhoto).

Tolói pela direita e Luiz Eduardo (muito bom jogador. Não estava em um grande clube, pois os técnicos brasileiros, acham que zagueiro tem que defender apenas. Edson Silva é melhor zagueiro que ele para 90% dos técnicos brasileiros) pela esquerda, jogavam livres e com tempo para pensar.

E no jogo, vimos o que havia comentado no post de sexta, ilustrado pelas inversões de jogo de Pique para Neymar.

Apensar de Maurício Noriega, comentarista do jogo, dizer que o “erro” do São Paulo, era deixar os zagueiros inverterem o jogo em profundidade, isso é algo muito treinado e usado no futebol contemporâneo.

Tolói fez inúmeras inversões para Centurion, jogar nos 14m, entre o lateral “afunilado e comparctado” e a linha lateral. Ah, se Pato pudesse jogar……

E Luiz Eduardo fez inversões para Bruno, e talvez por isso tenha errado tanto. Na direita, não tínhamos um ponta para receber a bola nos 14m, e com isso a inversão tinha que ser muito precisa para Bruno, que não estava tão aprofundado.

(Não vejo a hora de ter Pato, Centurion e Guisao à disposição! E também o menino Luiz Araujo, mais pronto para o profissional).

De qualquer forma, pelas pontas tivemos o cruzamento de pé trocado de Carlinhos, para cabeceada na trave de Centurion, um chute de Centurion, que recebeu a bola de Michel Bastos na ponta, cortou para o meio e chutou para defesa de Cassio, e um cruzamento de Bruno para Luis Fabiano virar e chutar na trave.

Tite percebeu isso e já no final do primeiro tempo, os laterais “abriram” mais para marcar Centurion/ Carlinhos e Bruno. E foi pelo meio, que Ganso achou Luis Fabiano chutar mais uma bola no travessão.

2º TEMPO

Osorio percebeu que Tite “abriu” mais Fagner para marcar Centurion no final do primeiro tempo. E com isso, abriria um espaço entre Felipe e o lateral.

E foi assim, que começamos o segundo tempo, atacando por ali, com uma tabela pelo meio e com Centurion mais “fechado” recebendo a bola e chutando.

Como Jadson passou a jogar mais recuado para marcar Carlinhos, Osorio colocou Wesley em seu lugar, para jogar mais pelo meio, e deslocou Michel Bastos para ala.

Logo em seguida, ele colocou Breno no lugar de Hudson que já tinha cartão, e também porque o Corinthians acuado, estava “estourando” a bola. Com Breno por lá, ganharíamos todas as bolas no meio.

E minutos depois, colocou Auro no lugar de Bruno. O time saiu do 3-4-1-2, para o 3-3-3-1.

Apesar de ter dito no post logo depois do jogo que Auro estava na segunda linha de 3, queria aqui corrigir. Além disso, o que meu amigo KXD, disse era que o esquema de Osorio no Nacional era 3-3-1-3, com Cardona atrás da linha de 3.

As 3 linhas de 3 eram formadas da seguinte forma: 1ª Linha: Toloi, Lucão e Luiz Eduardo; 2ª Linha: Wesley, Breno e Michel Bastos e a 3ª Linha Auro, Ganso e Centurion, e Luis Fabiano mais à frente.

A dificuldade de formar 3-3-1-3, contra o Corinthians, é o volante que joga à frente da zaga (Bruno Henrique). E por isso, em minha humilde opinião, acho que fizemos 3 linhas de 3 com Luis Fabiano mais à frente, segurando 2 zagueiros.

Mas, isso fez o São Paulo criar inúmeras possibilidades. O Corinthians, tentou pressionar o São Paulo em sua defesa, e Rildo e Jadson tentaram pressionar os zagueiros abertos. Mas, aí foi Lucão que passou a sair jogando pelo meio. Renato Augusto, algumas vezes, tentou pressioná-los, mas aí ele tinha o toque para Michel Bastos e Wesley, jogadores mais cadenciados do que Carlinhos e Bruno.

Em alguns momentos, Wesley invertia com Breno, e armava pelo meio, tentando tabelas ou enfiadas por ali.

Auro com isso, fixou mais Uendel (apesar dele ter criado uma bela jogada, à lá Ponte Preta na sulamericana de 2013, com Rildo).

O final do jogo, foram várias as vezes que chegamos com Michel Bastos, Centurion pela esquerda, Auro e Wesley pela direita, mas faltou a precisão na inversão de jogo, que colocaria um dos lados de frente para o gol.

Jadson já não aguentava mais defender, Fagner tinha que marcar Centurion e Michel Bastos, e assim, Felipe teve que sair na cobertura e fez falta, onde tomou o segundo amarelo.

Jadson saiu e entrou Edu Dracena para compor.

Um pouco antes do lance, Tite colocou Danilo para tentar prender um pouco mais a bola na frente, e tentar ganhar alguma bola pelo alto no meio. Algo que Luciano não conseguia.

Enfim, no final teve o lance do pênalti. Indiscutível. E acho que com 6 substituições, lance em que Cassio, diz que a bola estava murcha (será que não ficou 6 segundos com a bola?), o lance da expulsão, em que Elias ficou na frente da Bola, para esperar Jadson sair e Edu Dracena entrar e chegar até a área, 3 minutos foi muito pouco. E mais 2 minutos, mesmo sem pênalti, acho que faríamos o gol da vitória.

 

Análise do jogo São Paulo x Corinthians e o Surpreendente 3-3-3-1 no final do jogo!

Posted on Updated on

Ao contrário do que divulgou o PREMIERE SPORTV, o São Paulo jogou no 3-4-1-2, ou seja, 3 zagueiros espaçados (Toloi, Lucão e Luiz Eduardo), 4 no meio em linha (Bruno, Hudson, Michel Bastos e Carlinhos), Ganso mais à frente e atrás de Luis Fabiano centralizado e Centurion aberto (jogando na posição de Alexandre Pato).

O Corinthians, veio no 4-1-4-1, com Bruno Henrique à frente da zaga, Jadson, Elias, Renato Augusto e Malcon em linha e Luciano avançado.

O São Paulo de Osório foi ousado!  Ousado como todo brasileiro gosta.

Nos expomos em alguns contra-ataques, mas em casa, temos que nos impor e se alguém tem que arriscar, é o time da casa.

E em clássico, tem que ter coragem.  E Osorio mostrou uma coragem que merece ser enaltecida.

Já havia comentado sobre as propostas de jogo dos dois times.

O time de Osorio com linhas distantes e abertas, e o Corinthians com linhas próximas e afuniladas.

O São Paulo dominou o jogo.  Poderia ter aberto o placar com a raspada de Centurion de cabeça na trave, e a virada de Luis Fabiano no pequena área.

Mas, o São Paulo é carente ainda de um ponta (de preferência Canhoto) que jogue pela direita.  Com Ganso e Luis Fabiano centralizado, Bruno teve espaço para atacar, mas, no contra-ataque, marcava Malcom, e Uendel, teve liberdade para atacar e pouca preocupação para marcar.

E foi ele, o jogador que mais nos incomodou.

Enfim, talvez na direita, esse jogador possa ser Centurion, Wilder, ou até Luiz Araújo, jovem da base que acho que é o jogador de maior potencial que temos em Cotia.  Jogador para jogar em time grande da Europa.

No segundo tempo, o São Paulo empatou, e o time se adiantou ainda mais.  Como sempre digo, 3 zagueiros não é somente 3-5-2.  Osorio adotou um esquema que KDX, ou Kaique um leitor do Blog do São Paulo, já havia me dito que ele usava no Atlético Nacional: 3-3-3-1.

Os 3 zagueiros, A segunda linha com Auro, Breno e Michel Bastos; Wesley, Ganso e Centurion e Luis Fabiano à frente.

AMPLITUDE E PROFUNDIDADE.  O São Paulo errou, algumas inversões de jogo, que quando o time acostumar e treinar mais esse esquema, não devem acontecer.  Mas, complicou demais as duas linhas de 4 do Corinthians.

Eles tentaram marcar o São Paulo em seu campo, mas com 3 zagueiros espaçados e com outras 2 linhas de 3 jogadores abertas, o Corinthians se perdeu.  Tivemos lances que faltou a última inversão, para chegarmos ao gol.  Teve uma de Ganso, que faltou pouquíssimo.

Mas, Valeu!  Estou a cada dia, mais empolgado com Osorio, e com o 2o turno.

Contra o Atlético-MG nesse mesmo esquema já fomos melhores.  E hoje tbm.  Pato fez falta, hoje.

E ainda acho que Centurion, ainda vai melhorar.  Ele ainda esta ansioso, e com muita vontade.  Quem se lembra dele no Racing, sua maior virtude, era esperar para dar o drible até o último instante.  Agora, o zagueiro que esta o esperando e levando a melhor.  Mas, isso é tempo, é adaptação.

São Paulo x Corinthians – 1o Tempo

Posted on

O São Paulo veio no 3-4-1-2.  O Corinthians no 4-1-4-1.

Tricolor com amplitude e profundidade, com passes longos e cruzados para as pontas.  Mas, sente muito a ausencia de Alexandre Pato, na esquerda, e um ponta canhoto pela direita.

Esse tem sido o grande ponta a melhorar nesse esquema.  Como Centurion fica aberto na esquerda, Luis Fabiano muito centralizado, Ganso pelo meio tbm, o lateral esquerdo Uendel (que fez a jogada do gol), esta sem preocupação defensiva, e com liberdade e espaço.  Foi o mesmo que aconteceu contra o Atlético-MG.

Mas, o São Paulo esta bem, e provando que o esquema com 3 zagueiros é ultraofensivo, e um antídoto para a compactação.  Faltou sorte nos dois chutes de Luis Fabiano na trave, e da cabeçada de Centurion, em um lance de cruzamento de pé trocado de Carlinhos, idêntico ao gol contra o Cruzeiro.

Osorio não deve mudar o time no intervalo, pois assim como Mourinho ou Bielsa, só mudam o time nos últimos 30 minutos, ou depois dos 15 minutos do segundo tempo.  Afinal, depois das instruções do vestiário, tem que dar um tempo mínimo para ver se o time reage com os mesmos 11.

Mas, uma substituição interessante, seria João Paulo no lugar de Ganso.  Jogando aberto pela direita de pé trocado, para fixar Uendel atrás.  E cruzar de pe esquerdo para Centurion no segundo pau.

Osorio é 4-3-3 ou 3-4-3, e não 4-2-3-1 e 3-5-2. Amplitude e Profundidade é a diferença

Posted on Updated on

Essa semana vi muita gente querendo explicar as opções táticas de Osorio para o jogo contra o Corinthians.

O Globo, disse que as opções são 3-5-2, 4-2-3-1 e 4-4-2.

Quem acompanha o técnico colombiano em entrevistas, e talvez a melhor que tenha dado para entendermos ele seja uma antes dele vir para o Brasil (No programa Puro Concepto da Directv Sports da Argentina), saberá que seus esquemas preferidos são 4-3-3 e 3-4-3.

A diferença entre os esquemas 3-5-2 vs 3-4-3 e 4-3-3 vs 4-2-3-1 é AMPLITUDE/PROFUNDIDADE vs COMPACTAÇÃO

AMPLITUDE E PROFUNDIADE

O conceito de amplitude e Profundidade, tem como objetivo, “espalhar” mais os jogadores em campo, com o intuito de dificultar a marcação sob pressão.

Seria o “antídoto” da COMPACTAÇÃO.

Com jogadores afastados para os lados e para frente, o time adversário não tem como se compactar para defender.

O Chile de El Loco Bielsa e Sampaoli, são os grandes exemplos desse conceito de AMPLITUDE e PROFUNDIDADE. Perceba como jogadores mesmo sem ter tanta habilidade, saem tocando sempre para frente, “espalhando” seus jogadores, abrindo pelas laterais, e com 3 linhas um pouco mais distantes.

Já o time que melhor faz a compactação defensiva é o Corinthians de Tite. Eles encurtam o espaço, fazendo uma linha de impedimento alta, e suas linhas atuam sempre muito próximas. Outra característica é fechar bem o meio, com os laterais próximos dos zagueiros.  Dos 68 m (média da largura dos campos), ele fecham os 40m próximos do gol.

O volante Ralf (ou Bruno Henrique) não permitem tabelas na entrada da área, se posicionando entre as 2 linhas de 4.

Os 4 que compõe a segunda linha de 4, fazem o mesmo que a primeira linha defensiva. Jogam próximos e “afunilados”. E só correm para as laterais para darem o bote. A preocupação sempre é evitar o toque pelo meio.

A AMPLITUDE E A PROFUNDIDADE, são o principal fator do rendimento de Pato subir.

Quem se lembra, ele já jogou aberto com Tite, pois o centroavante era Guerrero.

Mas, ele tinha que acompanhar o lateral, fechar o meio, e receber a bola longe do gol.

Já no posicionamento com Osório, ele usa exatamente, o espaço do lateral que fica protegendo a zaga, e a linha lateral.

Mas, vale prestar atenção em sua explicação, que pouca gente deu a atenção necessária, para entender porque Neymar, Cristiano Ronaldo, Hazard, Riberry, destros que jogam pela esquerda, tem sucesso:

http://www.foxsports.com.br/videos/483919939602-osorio-fala-sobre-boa-fase-de-pato-e-de-alto-nivel

A largura média dos campos é 68m. Normalmente uma zaga joga próxima para defender os 40m perto da área. E então ficam 14 m para cada lado, para os pontas receberem a bola e jogarem.

Pois se o lateral for marcar Pato bem aberto (AMPLITUDE), abre um buraco para o avanço de um meia no bico da área.

Perceba que os passes para Pato, são sempre de inversões altas, ou lançamentos em PROFUNDIDADE nessa faixa.

Esse posicionamento (jogando de pé trocado), permite 3 grande possibilidade de chegar ao gol:

  • Ir para linha de fundo na velocidade e cruzar rasteiro para quem chega de trás. GOL DE CENTURION CONTRA O CORITIBA
  • Cruzamento de pé trocado, com a bola fazendo uma curva em direção ao gol e caindo entre a zaga e o goleiro. GOL DE MICHEL BASTOS CONTRA O VASCO
  • Corte para o meio para finalizar. GOL CONTRA O CORITIBA.

DIFERENÇA ENTRE 4-2-3-1 E 4-3-3

O 4-3-3 é confundido com o 4-2-3-1, principalmente quando os 3 do meio, formam um triangulo com sua base voltada para a defesa.  A principal diferença, é algo que Osorio explicou logo que chegou ao São Paulo, quando perguntado sobre Ganso:  Ele pode jogar com dois volantes atrás e 3 atacantes à frente, ou com um volante centralizado, um meia direita ao seu lado e 3 atacantes à sua frente.

No 4-2-3-1, ele teria dois volantes atrás, dois meias ao seu lado e um atacante isolado (COMPACTAÇÃO).

Esse era o esquema de Muricy, que priorizava a posse da bola, com toques mais cadenciados (sem críticas, mas constatação), em que os laterais abriam ainda na defesa para receber a bola, os zagueiros permaneciam em suas posições, os volantes vinham buscar a bola na defesa, e os 3 meias também esperavam a bola ainda no campo defensivo, deixando apenas o centroavante mais adiantado.

Os jogadores estavam sempre próximos, e tocando curto e de lado.

Já o 4-3-3 de Osório, os zagueiros abrem para receber a bola.  Os laterais formam uma linha de 4 avançada com os volantes (AMPLITUDE), Ganso fica mais à frente, e os pontas e o centroavante formam uma linha à sua frente (PROFUNDIDADE)

Isso fez com que o São Paulo chegue ao ataque mais rapidamente com menos troca de passes de lado.  O passe é sempre para frente (PROFUNDIDADE).  Os zagueiros muitas vezes é que fazem a inversão de jogo, diretamente para o ponta (AMPLITUDE).  A bola não precisa passar pelos laterais, depois volante, para chegar em Ganso, que toca de lado para os meias abertos, que seguem tabelando de lado.

Pois jogando com times bem fechado no meio, com 2 ou 3 volantes protegendo a zaga, é dificílimo penetrar.

Outra diferença é na hora de se defender.

O 4-2-3-1, pressiona o adversário na linha intermediária ou no meio campo. Ele deixa os jogadores receberam a bola para pressionar.

Já no 4-3-3, o time pressiona o adversário para que em tiros de meta e defesa do goleiro, eles saiam dando chutão!

PROFUNDIDADE E AMPLITUDE, DIFERENÇA DO 3-5-2 x 3-4-3

Muita gente se acostumou com o fato de que 3 zagueiros é sinônimo de 3-5-2.  E talvez por isso, acham que é um sistema mais defensivo e cauteloso.  Afinal são 3 zagueiros, dois alas, 2 volantes e 1 meia.

Mas, no futebol moderno dos técnicos contemporâneos, o esquema de 3-4-3 é ultraofensivo (com tempo para que os jogadores entendam como foi o Chile de Bielsa e Sampaoli, que chegam até a jogar no 3-3-3-1).

E a principal diferença é o posicionamento do meio campo (em linha com 2 volantes e dois alas) ou um losango (com um volante mais recuado, dois alas abertos e um meia de ligação mais avançado), e 3 atacantes.

Nesse sistema, os alas não se “batem” com os laterais.  Quem faz isso são os pontas.  Os alas se batem com os meias de lado de campo.  Esse tipo de esquema é para “sufocar” o adversário, fazer o time adversário estourar as bolas, e postar os zagueiros para “brigar” pela bola aérea no meio campo.  Afinal, um zagueiro tem maiores chances de ganhar de cabeça que um volante.

Mas, o grande diferencial desse esquema se comparado com o 3-5-2, é AMPLITUDE E PROFUNDIDADE.

A ideia de se jogar assim, não é defensiva, e sim ofensiva. Muitos acham que jogar assim é para ter um zagueiro na sobra.

Isso é coisa do passado, pois com o vigor físico dos jogadores atuais, é impossível deixar um zagueiro “sobrando”. Você perde um jogador para marcar mais à frente.

Desta forma, o que se espera, é as 3 linhas jogarem espaçadas, e com isso evitar que um time possa sufoca-lo em seu campo.

Veja como o Chile toca a bola, e como é difícil sufocar o time deles.

Quando você abre os 3 zagueiros, é preciso de 3 atacantes para marcar a saída de bola.

As opções dos zagueiros são passe “paralelo” para o ala, diagonal para os volantes, ou um passe direto para o ponta!

Talvez seja por isso que MAC e outras pessoas não entendam porque precisamos de zagueiros canhotos e em 2006, 2007 e 2008 não precisávamos.

O passe em diagonal (que Pique faz bem para Neymar) de um zagueiro para o ponta, é uma das melhores formas, de sair do sufoco e rapidamente criar uma opção de gol. Veja contra o Coritiba. Não foi um passe cruzado, mas, um passe direto.

Se os 3 atacantes avançam, é preciso de 4 jogadores da segunda linha também espaçada, para pressiona-los a receber a bola de costas. Pois se um dos jogadores recebe a bola, com condições de virar e olhar para frente, tem opções inúmeras pelos lados ou pela frente.

O jogo contra o Atlético-MG, o esquema que estava dando certo era o 3-4-3 (e em certos momentos 3-4-1-2).

Tinhamos 3 zagueiros Toloi pela direita, Rodrigo Caio pelo meio, Lucão pela esquerda.  Uma linha de 4 no meio com Thiago Mendes, Hudson, Michel Bastos (que não jogou aberto como de costume) e Reinaldo.  E o ataque com Ganso pela direita/meio (e por isso a variação de 3-4-3 e 3-4-1-2), Luis Fabiano e Pato.

Muitos vão questionar sobre o posicionamento de Ganso.  Mas, perceberão que nesse jogo, ele tentou vários cruzamentos de pé trocado da direita.  Assim como ele chegou para disputar uma bola com Vitor naquele setor, que faltou um pouco de velocidade para chegar antes.

E O QUE ESTA FALTANDO PARA O TIME ENGRENAR

  1. Mudar a tomada de decisão não é algo do dia para noite. Os treinamentos que Osório tem dado, trabalhando a memória operacional (tomada de decisão), é a longo prazo.

Por exemplo, um time com AMPLITUDE E PROFUNDIDADE, jamais pode ter uma tomada de decisão errada como Hudson, que tentou sair jogando pelo meio.

A jogada tem que ser para os lados do campo e em profundidade. Pois o meio é sempre o lugar que tem mais jogadores (tanto em profundidade quanto amplitude).

2. É importante ter um zagueiro canhoto, para que esse saia jogando com um lateral (AMPLITUDE). Pois um zagueiro destro, tende a dominar a bola para o meio, diminuindo as possibilidades.

3. Wesley e João Schmitd, serão jogadores importantes para quando quisermos jogar no 4-3-3 com a base virada para o ataque, e um volante como Rodrigo Caio por trás.

No conceito de AMPLITUDE e PRODUNDIDADE, a criação de jogadas é pelos pontas, que tem espaço para dominar e pensar (espaço entre lateral “afunilado” e linha lateral).

4. Ponta canhoto que jogue pela direita. Esse jogador pode ser Michel Bastos, mas o nome que me agrada muito é Luiz Araújo. Mas, acho que devem estar o preparando, pois há muito tempo não vejo falar dele.

5. Alan Kardec se recuperar de lesão. Luis Fabiano continua sendo um grande jogador. Mas, ultimamente não tem se colocado bem para marcar de cabeça.

Com pontas abertos e de pé trocado, Kardec pode ser o Lewandowski do São Paulo. Jogador alto, que se coloca bem para cabecear e que se movimenta e troca de posição com os pontas quando necessário.

6. E tem um ponto muito delicado, que é o preparo físico de Rogerio Ceni. Ele é sem dúvidas, o maior jogador da história do São Paulo. Seus números são impressionantes. Suas conquistas idem.

Mas, aos 42 anos, um atleta em qualquer esporte, perde reflexos e rapidez.

Michael Schumacher, é um dos maiores pilotos da história, e mesmo em um esporte onde fica sentado, caiu muito de produção depois dos 40.

Kelly Slater, é o maior surfista de todos os tempos.  Continua sendo um surfista incrível, mas seu último título mundial foi em 2011, ou seja antes dos 40.

Mas, não foi à toa que Osorio o fez treinar de volante outro dia. É preciso que ele não só tenha habilidade com os pés, mas é importante ele ter senso de cobertura, ter mais explosão, para correr de frente em uma bola lançada nas costas dos zagueiros (que tem tentado fazer uma linha de impedimento alta).

O gol de Ricardo Oliveira, de Marcus Aurelio do Coritiba, de Cristaldo do Palmeiras e o primeiro de Lucas Pratto do Atlético-MG, poderiam ter um esforço maior de “abafa-los” indo correndo de frente para os atacantes com mais velocidade.

Nova regra da FIFA, fim de empresários e jogadores “fatiados”. Aidar mudará o jogo com Fundo – Por Airnani

Posted on Updated on

Até o final dessa janela de transferências da Europa (dia 31 de agosto), ainda deveremos ter jogadores negociados.

Muitos acreditam que isso seja apenas “desespero” da diretoria do São Paulo, apenas para aliviar as dívidas do clube.

Mas, o que esta acontecendo é algo muito mais complexo.

No novo regulamento de transferências da CBF (http://cdn.cbf.com.br/content/201503/20150319143412_0.pdf ), que entrou em vigor desde 01/05/2015, SÓ OS CLUBES poderão ter direitos econômicos dos jogadores.

Entre primeiro de janeiro e 30 de abril de 2015, contratos assinados tem validade de apenas um ano (CASO DE J. CAFÚ).

De acordo com o texto da Fifa, incorporado também pela CBF em seu regulamento de registros e transferências, após primeiro de maio, acordos nesse formato não poderão ser assinados.

Todos os contratos assinados de 2014 para trás seguem inalterados, ou seja, os clubes seguirão devendo para os investidores que o ajudaram a assinar com os atletas. NENHUM DESSES ACORDOS ANTIGOS, PORÉM, PODERÃO SER RENOVADOS OU PRORROGADOS. (CASOS DE GANSO, HUDSON, TOLOI, BOSCHILLA).

Isso quer dizer que nenhum desses jogadores “fatiados”, PODEM RECEBER AUMENTO DE SALÁRIO, não podem estender seu vínculo.  Pois isso seria novo contrato!
Desta forma, jogadores “fatiados” que tem contrato terminando em 2015 a 2017, terão apenas essa janela que se encerra no dia 31 desse mês, ou talvez a próxima:

Já se foram Denilson (40%), Paulo Miranda (40%), Souza (35%) e Cafú (50%).

Os próximos deverão ser (não sei se ainda nessa ou na próxima janela)

Boschilla (50%), Hudson (20%) Toloi (25%), Ganso (32%),

Outros, talvez sem mercado na Europa, não sei o que acontecerá, mas certamente não ficarão como:

João Filipe (30%), Cortes (53%), Matheus Caramelo (30%), Rafinha (20%), Roni (25%), Carleto (33%) e Welligton (30%), Adelino (50%), Cortes (53%) e Bruno Cantanhede (50%).

E todos sabem, que cada vez que o contrato se aproxima do fim, as propostas de compra diminuem seu valor a cada 6 meses. Ninguém pagará um preço alto para um jogador que tem menos de 1 ano, para acabar o contrato. Pois se esperar 6 meses, pode negociar diretamente com o jogador sem precisar pagar pelos direitos econômicos.

NOVA LEI, MUDARÁ COMPLETAMENTE O FUTEBOL BRASILEIRO NOS PRÓXIMOS ANOS

Essa nova lei, muda e muito o futebol brasileiro.  Apesar da imprensa falar pouco sobre isso, isso mudará drasticamente as negociações e gestões dos próximos anos aqui no Brasil.

Não só o São Paulo, como vários clubes pouco contrataram na janela que se fechou no mês passado de jogadores vindo do exterior.

Afinal quem quiser contratar jogadores tem que arcar com 100% do valor.  Não tem mais “sócio”!  A não ser que o sócio seja um outro clube.  Foi isso que o São Paulo tentou com Doria.  Comprar parte dele, e a outra parte permanecia com o clube francês.  Infelizmente não aceitaram.

Mas, a imprensa prefere atribuir tudo isso a incompetência dos dirigentes.  A verdade é que acabou a “farra” de empresários, intermediadores, dirigentes (pouco honestos) e Investidores.

Será que a imprensa, ao invés de achar que a diretoria do São Paulo esta apenas preocupada com a dívida em todas as suas decisões, não percebeu a inovação que será feita com a criação do FIDC, um Fundo de Investimento em Direito Creditório, que Aidar esta criando?

SÃO PAULO NA VANGUARDA

Quem desconhece essa nova regra, certamente vai continuar criticando o que a diretoria vem fazendo.

Mas, quem entendeu a nova lei, percebeu que o São Paulo para 2016, será o clube melhor preparado no Brasil para nova realidade.

Teremos um grupo de jogadores já inseridos na nova realidade, na nova lei.  Se perdemos jogadores agora, ano que vem, será somente por uma proposta irrecusável.

Teremos um fundo que nos propiciará a termos oportunidades com jogadores “fatiados” de outros clubes, onde empresários e investidores estão cada vez mais desesperados para vender por qualquer preço (e deixar de perder muito do que investiram).