O Futebol Brasileiro é Antítese do Futebol Mundial. Antigamente isso era elogio!

Posted on

O Futebol Brasileiro sempre viveu da antítese do Futebol Mundial.

Isso era maravilhoso, quando os europeus tinham seleções com jogadores da mesma etnia, jogavam todos atrás da linha da bola, eram obedientes taticamente, jogavam em “chuveirinhos” e chutões da defesa para o ataque.

E nós jogavamos um futebol ofensivo, ousado, criativo, “irresponsável” na busca pelo gol, com uma seleção quase única na Miscigenação Racial.

Até que a Holanda começou a trazer jogadores do Suriname, como Ruud Gullit, Frank Rijkaard, Edgar Davids, Patrick Kluivert, Clarence Seedorf.

Em 1998, a França veio com Zinedine Zidane ( de origem Argelina), Patrick Viera do Senegal, Marcel Desailly de Ghana, Lilian_Thuram de Guadalupe (Caribe), Christian Karembeu da Nova Caledônea (Oceania) e David Trezeguet, um franco-Argentino.

Em 2014, vimos uma Alemanha diferente, com Khedira (pai Tunisiano), Ozil (descendente de Turco), Jerome Boateng (Origem Ganesa), Shkodran Mustafi (Origem Albania), Lukas Josef Podolski (Polones de orgem judaica) e Miroslav Klose (polones).  Achei isso um grande exemplo para o mundo!

Pois é.  Hoje a seleção número 1 do ranking é a Belgica de  Fellaine (Marrocos), Kompany (Congo), Lukaku (Congo), Benteke (Congo), Dembele (Mali), Axel Witsel (Martinica, Caribe) Luis Pedro Cavanda, (Angola) Carrasco (filho de Portugues e Espanhóis), Januzaj (Turco, Servio, Albanes), Radja Nainggolan (pai indonesiano), etc.

Isso chama-se Globalização!

Antigamente, nesse esporte, uma vez que os EUA nunca levaram a sério, o Brasil tinha essa vantagem.  Uma mistura étnica e racial.

Mas, o Brasil de hoje, não aceita técnicos colombianos e argentinos.

Impressiona, quando jornalistas, dizem:  “Um colombiano querendo ensinar futebol?”

Não entendo essa recente intolerância, em um mundo cada vez mais globalizado e sem fronteiras.

Hoje não sei quem é “mais brasileiro” entre Thiago Alcantara, Giovanni dos Santos, Thiago Motta, Pepe, Petkovic, Conca ou Emerson Sheik (que jogou pelo Qatar).

Antigamente, jogadores como Cacau na Alemanha, Rui Ramos no Japão, Marcos Senna e Donato na Espanha, naturalizavam, pois sabiam que não tinham chances na seleção Brasileira.

Agora, isso virou opção.  Quando Diego Costa, Rafinha recusam a seleção brasileira, é hora de começarmos a nos preocupar.

A verdade é que continuamos nos achando “diferente”.

E talvez isso seja verdade.  Hoje vemos as principais times e seleções lá fora, marcando sob pressão, marcação por zona, com jogadores polivalentes e esquemas táticos que variam com os mesmos 11 jogadores, ou com uma única substituição.

Os principais times, atuam com pontas de pé trocado, que são cobrados para atacar, e não para acompanhar lateral.

Hoje vemos na Inglaterra, técnico portugues, alemão, holandes, francês, chileno, etc.  Sabe porque?  Não importa a nacionalidade, a língua, importa a competência.

Na Alemanha, atual campeã do mundo, temos um espanhol dirigindo o melhor time de lá.

O Brasil precisa se abrir.  Eduardo Vargas, Valdivia, Tevez, assim como Hulk, Diego Costa, Willian, Firmino, Luiz Gustavo, Dante e agora Douglas Costa, mostram que jogadores evoluem muito nas mãos de técnicos “não brasileiros”.

Nossa seleção é formada por jogadores que atuam no exterior.  Isso é algo realmente estranho.

Pois jogadores como Luiz Gustavo, Diego Costa, Hulk, Dante, Filipe Luis, Firmino, Fabinho, Willian, Oscar, Douglas Costa, evoluíram quando saíram do Brasil nas mãos de técnicos estrangeiros.

Mas, na seleção brasileira tem que jogar como 99% dos times brasileiros, no 4-2-3-1/4-1-4-1, da escola gaúcha.

E nenhum deles, a não ser o volante Luiz Gustavo, consegue render mais do que em seus times.

Será que a culpa é a falta de vontade dos jogadores ou dos técnicos?

Leave a comment